quarta-feira, 29 de setembro de 2010


AUTISMO E RELAÇÕES PARENTAIS

A criança autista não aceita qualquer mudança em seu ambiente, tem uma alimentação irregular, mas a sua maior características é o isolamento social, por isso quanto mais precoce for o diagnóstico maiores são as chances de fazer com que as barreiras de isolamento sejam quebradas interferindo assim no seu desenvolvimento.
Segundo Gauderer (1985) “O problema do autismo não é ausência de desejo de interagir e comunicar-se, e, sim ausência de habilidade para fazê – lo.”
É neste momento que a família tem que se fazer presente, pois é na família que o ser humano constrói sua identidade e amplia assim sua relação com o mundo, para isso a família tem de estar atenta para perceber qual atividade, o filho tem mais receptividade e sempre que for possível praticá-la.
É necessário que os familiares do autista saibam como lidar com o comportamento do mesmo que muitas vezes é agressivo e com ataque de raiva, pois será desta forma que estarão estimulando a confiança e afeição na criança.
É importante que seja realizado trabalhos de elaboração dos sentimentos da família em relação à criança, pois só assim haverá uma colaboração para que o autista se adapte e socialize ao meio em que vive.
Faz-se importante que a família do autista não o defina pelo o que ela não tem, pela sua deficiência, mas sim pelo o que ele autista pode nos dar com a sua forma singular e diferente de ser.

NOVAS DESCOBERTAS SOBRE AUTISMO

Infelizmente não podemos dizer que existe algo de concreto que diga qual a causa real do autismo “muitos a dizer muitas coisas”, cada um com uma teoria diferente sobre o que possa levar um individuo a um comportamento tão diferente, tão especial e que deve ser respeitado como tal.
Pesquisas recentes fazem surgir um fio de esperança, cientistas descobriram o 1° elo significativo entre o autismo e o DNA, podendo assim trazer uma grande revolução para todo o estudo sobre o autismo. Quem sabe esta nova descoberta faça com que possamos entender melhor essa desordem comportamental.
A tese defendida por pesquisadores do Projeto Genoma do Autismo se concentra em uma diferença genética chamada “variações no número de copias” (CNVs) é essa variação que diferencia uma pessoa da outra.
Foi identificado que portadores de autismo possuem 20°/ a mais de CNVs do que outras crianças.
Ao contrario do que se imaginavam muitos dos CNVs das crianças autistas não são herdados dos seus pais, mas sim formados provavelmente durante a concepção ou a formação dos óvulos ou espermatozóides.
É sabido que o autismo tem fortes componentes genéticos e ambientais e tende a ser hereditário.
Nos últimos anos a incidência do autismo aumentou, esperamos que essa nova descoberta apesar de ainda ser, um estudo preliminar traga novos esclarecimentos e esperanças para os portadores da síndrome e seus familiares para que ao menos possam ser diagnosticados precocemente e assim poder ter uma nova forma de tratamento mais eficaz.
Outra pesquisa publicada recentemente na revista de divulgação cientifica “Ciência Hoje”, informa que os cientistas acreditam que fatores genéticos respondem por mais de 90°/ das causas do autismo. Relatam também que não existe somente um gene relacionados ao distúrbio mais vários, um deles é o gene responsável pelo controle da produção de oxitocina, ainda em fase de teste, um hormônio ligado as relações interpessoais e comportamentos afetivos.
Será difícil falar de uma cura para o autismo até que se descruba sua real causa.
Existem vários tipos de desordem autista devido a isso, o tratamento deve ser individualizado dependendo da necessidade de cada um “afinal, o autismo não é uma disfunção única, mas sim um espectro de problemas, que variam de intensidade e de tipo”. E exatamente por possuir uma gama de comportamentos e sintomas se torna mais difícil e complexo o seu diagnóstico e por conseqüência o seu tratamento.