quinta-feira, 22 de julho de 2010

SÍNDROME DE SAVANT


SÍNDROME DE SAVANT

Foi John Langdon Dow (1828-1896) que descreveu pela primeira vez a síndrome do “idiot savant” (sábio idiota) em 1887. A síndrome foi associada à impressionante capacidade de memória.
Existe uma teoria que fala sobre a ausência de corpo caloso no cérebro como responsável pela síndrome, em algumas pessoas essa ausência não provocaria nenhum tipo de deficiência, sendo que em outras desenvolve o savantismo.
Com a ausência do corpo caloso há uma união dos dois hemisférios do cérebro através de canais de comunicação fazendo com que ele funcione como se fosse um “grande hemisfério” e esse novo hemisfério possui funções que seria de dois em um só. Somente metade dos autistas tem savantismo, o savant possui três classes distintas.
-Savant Habilidoso é o mais comum, aquele com obsessão em decorar coisas triviais
-Savant Talentoso possui uma grande deficiência cognitiva, porem possui grande talento em uma área especifica.
–Savant Prodigioso possui habilidade proeminente que só ocorre com quem tem síndrome de Savant.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

SINDROME DE ASPERGER


CONFORME CID 10

Um transtorno de validade nosológica incerta, pelo mesmo tipo de anormalidades qualitativas de interação social recíproca que tipifica o autismo, junto com o repertorio de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. O transtorno difere do autismo primariamente por não haver nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou de linguagem. A maioria dos indivíduos é de inteligência global normal, mas é comum que seja marcantemente desajeitada; a condição ocorre predominantemente em meninos (em uma proporção de cerca de oito garotos para cada menina). Parece altamente provável que pelo menos alguns casos representem variedades leves de autismo, mas é incerto se é assim para todos. Há uma forte tendência para que as anormalidades persistam na adolescência e na vida adulta e parece que elas representam características individuais que não são grandemente afetadas por influencias ambientais. Episódios psicóticos ocasionalmente ocorrem no inicio da vida adulta.
Diretrizes Diagnósticas
O diagnóstico é baseado na combinação de uma falta de qualquer atraso global clinicamente significativo no desenvolvimento da linguagem ou cognitivo, como com o autismo, a presença de deficiências qualitativas na interação social recíproca e padrões de comportamento, interesses e atividades restritos, repetitivos e estereotipados. Pode haver ou não problemas de comunicação similares aqueles associados ao autismo, mas um retardo significativo de linguagem excluiria o diagnostico.

SINDROME DE RETT

CONFORME CID 10

Uma condição de causa desconhecida ate então relatada somente em meninas, a qual tem sido diferenciada com base em um inicio curso e padrão de sintomatologia característica. Tipicamente, um desenvolvimento inicial aparentemente normal ou quase normal é seguido por perda total ou parcial das habilidades manuais adquiridas e da fala, junto com uma desaceleração do crescimento do crânio, usualmente com um inicio entre 7 e 24 meses de idade. Estereotipias de aperto de mão, hiperventilação e perda dos movimentos propositais da mão são características particulares. O desenvolvimento social e lúdico é interrompido nos primeiros 2 e 3 anos, mas o interesse social tende a ser mantido. Durante a metade da infância, ataxia e apraxia do tronco, associadas à escoliose ou cifoescoliose, tendem a desenvolver-se e algumas vezes há movimentos coreoateóides. Prejuízo mental grave invariavelmente é o resultado. Convulsões freqüentemente se desenvolvem durante o inicio ou meio da infância.

Diretrizes Diagnósticas
Na maioria dos casos, o inicio é entre 7 e 24 meses de idade. O aspecto mais característico é uma perda de movimentos propositais das mãos e das habilidades motoras manipulativas finas adquiridas. Isto é acompanhada por perda, parcial ou falta de desenvolvimento da linguagem; movimentos tortuosos estereotipados característicos de aperto ou “lavagem das mãos”, com os braços flexionados em frente ao tórax ou queixo; molhar as mãos estereotipadamente, com saliva; falta de mastigação apropriada da comida; episódios, freqüentes, de hiperventilação; quase sempre uma falha em alcançar controle intestinal e vesical; freqüentes, salivação excessiva e protrusão da língua e uma perda do envolvimento social. Tipicamente, as crianças retêm uma espécie de “sorriso social”, olhando para ou “através” das pessoas, mas não interagindo socialmente com elas na primeira infância (embora, com freqüência, uma interação social se desenvolva mais tarde).A postura e a marcha tendem a ter uma base alargada, os músculos são hipotônicos, os movimentos do tronco usualmente tornam-se insatisfatoriamente coordenados e escoliose e cifoescoliose habitualmente se desenvolve. Atrofias espinhais, com incapacidade motora grave, se desenvolvem na adolescência ou idade adulta, em aproximadamente metade dos casos. Mais tarde, uma espasticidade rígida pode se manifestar e é em geral mais pronunciada nos membros inferiores do que nos superiores. Crises epiléticas, usualmente envolvendo algum tipo de ataque menor e com inicio geralmente antes da idade de 8 anos, ocorrem na maioria dos casos. Em contraste com o autismo, tanto auto-injurias deliberadas quanto preocupações ou rotinas estereotipadas e complexas são raras.
Diagnostico Diferencial
De inicio, a síndrome de Rett é primariamente diferenciada com base na falta de movimentos propositais das mãos, desaceleração do crescimento do crânio, ataxia, movimentos estereotipados do tipo “lavar as mãos” e falta de mastigação apropriada. O curso do transtorno, em termos de deterioração motora progressiva, confirma o diagnostico.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

ETIMOLOGIA DA PALAVRA

AUTISMO
A palavra vem do grego autos, que significa “si mesmo”.
Na década de 40, o psiquiatra americano Leo Kanner (1894-1981) e o pediatra austríaco Hans Asperger (1906-1980) descobriram o distúrbio de desenvolvimento que afeta milhares de crianças no mundo. Foi uma descoberta isolada, nenhum dos dois sabia o que o outro pesquisava, e, por uma dessas coincidências inacreditáveis ambos deram o mesmo nome a síndrome.
O nome é perfeito levando-se em consideração que o traço mais marcante do transtorno, é o isolamento do mundo exterior, deixando de formar uma interação social.
O termo hoje adotado pelos médicos é “transtornos de espectro autista” TEA.

AUTISMO

DE ACORDO COM CID-10
O autismo faz parte de Transtornos Invasivos do Comportamento
Esse grupo de transtorno é caracterizado por anormalidades qualitativas em interações sociais recíprocas e em padrões de comunicação e por um repertorio de interesses e atividades restritas, estereotipado e repetitivo. Essas anormalidades qualitativas são um aspecto invasivo do funcionamento do individuo em todas as situações, embora possam variar em grau. Na maioria dos casos, o desenvolvimento é anormal desde a infância e, com apenas poucas exceções se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. É usual, mas os transtornos são definidos em termo de comportamento que é desviado em relação a idade mental( seja o individuo retardado ou não). Há algum desacordo quanto à subdivisão desse grupo global de transtornos invasivos do desenvolvimento.
Em alguns casos, os transtornos estão associados, e são presumivelmente decorrentes, a alguma condição médica das quais espasmos infantis, rubéola congênita, esclerose tuberosa, lipoidose cerebral e anomalia da fragilidade do cromossomo X estão entre as mais comuns. Entretanto, o transtorno deve ser diagnosticado com base nos aspectos comportamentais, independente da presença ou ausência de quaisquer condições médicas associadas; qualquer condição associada deve, todavia, ser codificada separadamente. Se um retardado mental está presente, é importante que ele seja codificado a parte porque ele não é um aspecto universal dos transtornos invasivos de desenvolvimento.

AUTISMO INFANTIL

AUTISMO INFANTIL
Um transtorno invasivo do desenvolvimento definido pela presença de desenvolvimento anormal e/ou comprometido que se manifesta antes da idade de 3 anos e pelo tipo característico de funcionamento anormal em todas as três áreas de interação social, comunicação e comportamento restrito e representativo. O transtorno ocorre em garotos três ou quatro vezes mais freqüentemente que em meninas.
Diretrizes Diagnósticas
Em geral, não há um período prévio de desenvolvimento inequivocamente normal, mas, se há anormalidade se tornam aparentes antes da idade de 3 anos. Há sempre comprometimentos qualitativos na interação social recíproca. Estes tomam a forma de uma apreciação inadequada de indicadores sócio-emocionais, como demonstradas por uma falta de respostas para as emoções de outras pessoas e/ou falta de modulação do comportamento, de acordo com o contexto social; uso insatisfatório de sinais sociais e uma fraca integração dos comportamentos sociais, emocionais e de comunicação e, especialmente, uma falta de reciprocidade sócio-emocional. Similarmente, comprometimentos qualitativos na comunicação são universais. Estes tomam a forma de uma falta de uso social de quaisquer habilidades de linguagem que estejam presentes; comprometimento em brincadeiras de faz-de-conta e jogos sociais de imitação; pouca sincronia e falta de reciprocidade no intercâmbio de conversação; pouca flexibilidade na expressão da linguagem e uma relativa ausência de criatividade e fantasia nos processos de pensamentos; falta de resposta emocional às iniciativas verbais e não verbais de outras pessoas uso comprometido de variações na cadencia ou ênfase para refletir modulação comunicativa e uma falta similar de gestos concomitantes para dar ênfase ou ajuda na significação na comunicação falada.
A condição é também caracterizada por padrões de comportamento, interesses e atividades restritos, repetitivos e estereotipados. Isto toma a forma de uma tendência a impor rigidez e rotina a uma ampla serie de aspectos do funcionamento diário; usualmente, isto se aplica tanto a atividades novas como hábitos familiares e a padrões de brincadeiras. Particularmente na primeira infância, pode haver vinculação especificas a objetos incomuns, tipicamente não-macios. A criança pode insistir na realização de rotinas particulares e em rituais de caráter não-funcional; pode haver preocupações estereotipadas com interesses tais como datas, itinerários ou horários; freqüentemente, há estereotipias motoras; um interesse especifico em elementos não funcionais de objetos (tais como seu cheiro ou tato ) é comum e pode haver resistência a mudança na rotina ou em detalhes do meio ambiente pessoal (tais como as movimentações de ornamentos ou moveis em casa).
Em adição a esses aspectos diagnósticos específicos, é freqüente a criança com autismo mostrar uma serie de outros problemas não especificados tais como medo / fobias, perturbações de sono e alimentação, ataques de birra e agressão. Autolesão (p.ex. morder o punho) é bastante comum, especialmente quando há retardo mental grave associado. A maioria dos indivíduos com autismo carece de espontaneidade, iniciativa e criatividade na organização de seu tempo de lazer e tem dificuldade em aplicar conceitualizações em decisões no trabalho (mesmo quando as tarefas em si estão a altura de sua capacidade). A manifestação especifica dos déficits característicos do autismo muda a medida que as crianças crescem, mas os déficits continuam através da vida adulta com um padrão amplamente similar de problemas na socialização, comunicação e padrões de interesse.As anormalidades do desenvolvimento devem estar presentes nos primeiros 3 anos para que o diagnostico seja feito, mas a síndrome pode ser diagnosticada em todos os grupos etários.
Todos os níveis de QI podem ocorrer em associação com o autismo, mas há retardo mental significativo em cerca de três quartos dos casos.

sábado, 3 de julho de 2010

O que nos pediria um autista?

Ajuda-me a compreender. Organiza meu mundo e ajuda-me a prever o que vai acontecer. Dá-me ordem, estrutura, e não um caos.

Não fiques angustiado comigo, pois isto também me angustia.

Respeita meu ritmo. Se compreenderes minhas necessidades e meu modo especial de ver a realidade, não terás dificuldade de te relacionares comigo. Não te deprimas; o normal é eu progredir e me desenvolver cada vez mais.

Não fales muito, nem depressa demais. Para ti as palavras voam como plumas, não pesam para ti, mas para mim podem ser uma carga muito pesada. Muitas vezes não é esta a melhor maneira de te relacionares comigo.

Como todas as demais crianças, e como os adultos, sinto necessidade de partilhar o prazer e gosto de fazer bem as coisas, embora nem sempre o consiga.

Para mim é difícil compreender o sentido de muitas coisas que me pedem para fazer. Ajuda-me a compreender. Procura pedir-me coisas que tenham sentido completo e decifrável para mim. Não deixes que eu me embruteça e fique inativo.

Não te envolvas demais comigo. Às vezes as pessoas são muito imprevisíveis, barulhentas demais e excessivamente animadoras. Respeita a distância de que preciso, mas sem me deixares sozinho.
Meu desenvolvimento não é irracional embora não seja fácil de entender.

Tem sua própria lógica, e muitas das condutas que chamas de “alteradas” são formas de enfrentar o mundo com minha forma especial de ser e perceber. Faze um esforço para me compreenderes.

Aceita-me como sou. Não condicione a tua aceitação a que eu deixe de ser autista. Sê otimista sem te tornares “romântico”. Minha situação em geral tende a melhorar, embora por enquanto não tenha cura.

Vale a pena viver comigo. Posso te proporcionar tanta satisfação como as demais pessoas. Pode acontecer um momento em tua vida em que eu, “autista” seja a tua maior e melhor companhia.

Angel Riviere Gómez

Assesssor Técnico de APNA- Madri- Espanha